A falta de experiência e a ansiedade fazem muitas meninas e mulheres caírem em verdadeiras armadilhas sentimentais
Maria queria encontrar um amor verdadeiro. João procurava uma aventura. Ambos não se conheciam, mas um dia se encontraram.
Maria é uma jovem alegre e espontânea. Tem defeitos visíveis, mas suas qualidades são bem mais latentes. A olho nu pode-se perceber a bela pessoa que é. Gosta de passear, ir ao cinema, estudar, e pretende formar uma família assim que se graduar. Por se considerar uma pessoa especial, aguarda também alguém especial para conhecer. Não sabe quando isso ocorrerá. Mas não se preocupa; é segura e confiante. Mas Maria, com o tempo, mudou.
João é diferente. Acredita que ainda não é hora para casar. Gosta de sair com os amigos, ir para as baladas e namorar bastante. Todo final de semana encontra alguém diferente. Apesar de tímido, não se acanha em “pegar” umas e outras menininhas disponíveis por aí.
Quando os dois se conheceram, uma amiga de Maria a apoiava de forma incisiva para “ficar” com João. Ela recusava. Sabia o que havia guardado para ela no futuro. Era determinada. Porém, a melhor amiga e confidente de Maria dizia que já estava na hora dela encontrar uma pessoa, mas que só conseguira isso se procurasse por alguém. No início, Maria rejeitava todas as propostas. Um dia, porém, ela cedeu.
João, sonso como ele só, aproveitando-se da carência afetiva de Maria, a convidou para sair. Foi apenas uma noite, o suficiente para o castelo de sonhos da jovem transformarem-se em areia. Grávida, deixou a faculdade para a última colocação dos seus planos. Abandonada, viu-se só, e sua melhor amiga, agora, a consolava com seus lamentos.
Maria e João são um clássico exemplo de relacionamento amoroso imaturo. Geralmente, a carência é o pivô de tanta insegurança e desespero. Às vezes os homens caem nessa armadilha, mas as mulheres são as maiores vítimas. E quase sempre, de si mesmas. São meninas, moças e mulheres com corpos feitos, mas com a mente ainda em formação e perigosamente imaturas.Normalmente, elas olham para o tempo; não para si próprias. Veem na idade o maior obstáculo para a felicidade. Não percebem que maturidade independe de idade, mas necessita de experiência. Não só sua, mas nos exemplos dos que já passaram por coisas parecidas.
Conhecer a si mesmo para saber impor limites ao outro é o melhor meio de não violar-se. E não machucar-se. Olhar para o erro dos outros também pode nos blindar de erros futuros e amargas decepções.
Se Maria soubesse disso compreenderia que a ilusão do parceiro perfeito não existe. Também identificaria seus próprios erros e limitações, e isso lhe ajudaria a contornar os problemas e a resolver muitas pendências na sua vida. Se fizesse isso, teria sua vida tão menos conflituosa quanto cansativa e estressante. E saberia que ter o tempo como um aliado lhe favoreceria maturação e experiência.
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